Dor crônica
O aparelho da estimulação magnética estimula áreas do cérebro ligadas à dor e à liberação de substâncias produzidas pelo próprio corpo que têm efeito analgésico.
Pode ser indicada para dores neuropáticas, que atingem 7% da população.
Quando se torce o pé, por exemplo, o nervo saudável leva a informação da dor para o cérebro. Na dor neuropática, a lesão é no próprio nervo. A sensação pode ser de queimação, formigamento ou pontadas.
É o caso de dores causadas por mal de Parkinson, esclerose múltipla, fibromialgia, diabetes e quimioterapia, em pacientes com câncer.
MENOS REMÉDIOS
Um estudo, publicado on-line no periódico "Pain", mostrou a eficácia da técnica para dor de fibromialgia. A pesquisa avaliou 40 pessoas por seis meses.
Para Pedro Schestatsky, chefe do comitê europeu de dor da Sociedade Europeia de Neurologia, não há dúvidas sobre os benefícios da estimulação magnética.
"Não é mais 'achismo'. Os benefícios já foram provados em estudos muito bem feitos pelo mundo", afirma.
Uma vantagem da técnica, diz ele, é a redução do número de remédios para pacientes que já tomam outras medicações, como diabéticos.
A estimulação também pode ajudar quem não tem bons resultados com remédios. 25% dos pacientes com dores crônicas neuropáticas não respondem aos medicamentos (antidepressivos e antiepilépticos).

